Universo Absolute: O Maior Acerto da DC Desde Crise

Universo Absolute: O Maior Acerto da DC Desde Crise

Quem acompanha o universo dos quadrinhos sabe: a DC vive entre altos e baixos. Mas, de tempos em tempos, ela acerta em cheio — e quando acerta, muda o jogo. Foi assim lá atrás com Crise nas Infinitas Terras… e está acontecendo de novo agora com o Universo Absolute.

Sim, pode acreditar: essa nova iniciativa editorial está mexendo com os fãs, com os roteiristas, com a crítica e com todo mundo que já tinha perdido a esperança de ver algo realmente novo dentro da DC.

E o mais incrível? A proposta nem tenta reinventar a roda. Ela apenas acerta onde importa: boa narrativa, liberdade criativa e coragem para inverter papéis.

O que é o Universo Absolute?

O Universo Absolute é uma linha editorial paralela à cronologia principal da DC Comics. Pensa num “multiverso sombrio”, mas com profundidade. Aqui, os heróis clássicos são colocados em situações tão distorcidas e densas que fica até difícil chamar alguns deles de “heróis”.

Não é só um universo alternativo — é uma releitura corajosa, provocativa e, às vezes, desconfortável.

  • O Superman não representa mais esperança. Ele é símbolo de dominação.
  • A Liga da Justiça? Formada por vilões.
  • A Mulher-Maravilha luta por um ideal que virou arma política.

Tudo isso embalado em roteiros que conversam com o mundo real: desigualdade, controle, medo, manipulação. É sobre superpoderes, sim. Mas também é sobre a fragilidade da nossa própria sociedade.

Por que o Universo Absolute deu tão certo?

A grande sacada do Universo Absolute é que ele não tenta agradar todo mundo — e isso é libertador. Ele provoca. Desafia. Faz você pensar.

Enquanto a Marvel resgata o Universo Ultimate com promessas de “grandes eventos”, a DC optou por um caminho mais intimista e ousado. Não é sobre explosões: é sobre atmosfera, desconforto e crítica social disfarçada de HQ.

Os méritos são muitos:

  • Liberdade criativa total para autores como Deniz Camp, Tom King, Kelly Thompson e Scott Snyder
  • Um tom visual que mistura o psicodélico com o noir
  • Histórias que não subestimam o leitor — ao contrário, te deixam inquieto

E claro, o timing ajudou. Vivemos uma era de polarizações e cansaço social. O Absolute pega tudo isso e transforma em narrativa. Simples assim.

Destaques dentro do Universo Absolute

Se você está chegando agora, aqui vão alguns títulos que explicam o sucesso dessa linha:

  • Absolute Evil: uma das publicações mais impactantes da década. Vilões se organizando para manter o domínio do mundo, não por clichês — mas por estratégia.
  • Flash Absolute: psicologia, velocidade e desespero num só título. Uma das HQs mais elogiadas do ano.
  • Caçador de Marte Absolute: mistura de ficção científica, paranoia e dor existencial. Visualmente, um espetáculo.
  • Mulher-Maravilha Absolute: talvez a melhor versão da personagem desde Novos 52.

Nem tudo é perfeito (o Batman do Snyder ainda divide opiniões), mas o saldo geral é extremamente positivo — o suficiente pra colocar a DC novamente na liderança criativa do mercado.

Universo Absolute: o futuro dos quadrinhos da DC?

Se existe um legado sendo construído agora, é esse: o Universo Absolute mostra que os quadrinhos ainda podem ser arte, mesmo dentro das grandes editoras.

Sem precisar se amarrar a cronologias do cinema. Sem precisar fazer fan service barato. Sem medo de incomodar.

E isso, sinceramente? É tudo que a gente queria ver da DC há muito tempo.

Se você achava que já tinha visto de tudo em HQs, talvez esteja na hora de dar uma chance ao lado mais distorcido da editora.o mais distorcido da editora.

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