Nem todo mundo estava com altas expectativas, mas mesmo assim, a decepção foi inevitável. A mais recente prévia da campanha single player de Battlefield 6 veio para confirmar o que muitos já temiam: o modo história do novo jogo da franquia continua sem fôlego, sem alma e, pior ainda, sem novidade.
Já nas primeiras missões, é possível perceber que o foco definitivamente não está aqui. Apesar do hype exagerado alimentado pelos trailers e pelas promessas de uma narrativa cinematográfica, o que se viu foi uma sequência genérica de missões, com jogabilidade previsível, inimigos sem qualquer inteligência técnica e momentos que falham em empolgar.
Problemas de IA e design de missões comprometem a imersão
Logo de cara, o que mais incomoda é a IA dos inimigos. Sério, tem hora que parece que eles estão ali só pra fazer número. A movimentação é engessada, as reações são fora de hora e, em muitos momentos, a estratégia dos inimigos é basicamente andar em linha reta na sua direção.
Outro ponto crítico está no design das missões. Quem jogou o Battlefield 5 vai reconhecer o estilo: uma missão linear, com objetivos batidos e quase nenhuma liberdade para o jogador experimentar. Em algumas situações, a tentativa de criar momentos cinematográficos é tão forçada que mais atrapalha do que ajuda.
- Inimigos com comportamentos previsíveis e mal programados
- Missões que parecem tutoriais disfarçados
- Falta de identidade e dinamismo nas fases
Gráficos bonitos, mas com desempenho irregular
Se tem algo que ainda chama atenção em Battlefield 6, são os gráficos realistas. A ambientação está muito bem feita, os efeitos de luz e explosões impressionam, e os cenários são visualmente impactantes. Mas isso não é suficiente para sustentar uma experiência frustrante.
O problema é que mesmo com essa beleza toda, o desempenho técnico oscila bastante. Em algumas partes, a taxa de quadros cai visivelmente, o que quebra a imersão. E sim, os famosos bugs e falhas da franquia estão presentes: personagens travados em objetos, animações descoordenadas e interações que simplesmente não funcionam.
Narrativa rasa e promessa não cumprida
A campanha tenta emular uma história de impacto, mas a narrativa é fraca e sem profundidade. Os personagens não têm carisma, o enredo é clichê e a sensação geral é de que tudo está ali apenas para preencher espaço entre as partidas multiplayer.
Comparado ao Battlefield 5, que ao menos tentou contar histórias mais humanas com suas War Stories, o novo jogo parece regredir. A ausência de envolvimento emocional e a superficialidade das missões dão a sensação de uma campanha feita por obrigação, apenas para constar.
A reação da comunidade e o clima de frustração
Nas redes sociais e nos fóruns especializados, a reação dos jogadores foi de puro desapontamento. Muitos relatam sentir que Battlefield 6 é um jogo dividido: de um lado, um multiplayer promissor e cheio de potencial; do outro, um modo campanha que parece ter sido desenvolvido sem cuidado, sem visão e sem alma.
A comunidade gamer já demonstra sinais de cansaço com a repetição das mesmas mecânicas e a falta de inovação. As críticas iniciais não foram nada animadoras, e mesmo a imprensa especializada já vem destacando que o jogo pode ter dificuldades no Metacritic caso não haja uma virada.
Conclusão: muito marketing, pouca entrega
Battlefield 6 ainda não foi lançado oficialmente, mas as primeiras impressões da campanha já apontam para um caminho preocupante. A experiência single player decepciona em praticamente todos os aspectos esperados: jogabilidade travada, IA ruim, narrativa genérica e problemas técnicos que não deveriam mais existir.
Para quem esperava se emocionar com uma campanha intensa, o sentimento é de promessas não cumpridas. Agora, resta saber se o multiplayer vai conseguir sustentar o peso do jogo — e do hype exagerado que o cerca.






